Correr nos surpreende, nos transforma e nos torna dinâmicos. Viajar para correr é um excelente motivo para sairmos da rotina, conhecermos ou revermos lugares e pessoas, portanto nos proporciona novas experiências e certa sensação de liberdade. Foi assim que no feriadão da Independência, resolvi exercer minha cidadania correndo “a primeira vez fora de casa” Um fato que será difícil esquecer.
Os primeiros passos...
Esperei até o último momento para fazer minha inscrição no “Circuito Capital Run”, edição Aeroporto, pois aguardava ser sorteada em uma promoção no twitter, da @capitalrun, mas foi um cearense sortudo que levou a promoção. Acabei fazendo minha inscrição e pela primeira vez usei o nome da equipe @twittersrun. O receio de uma nova experiência me deixou cautelosa, optei em fazer 5 km e acertei. O tempo estava quente e extremamente seco, em torno de 10 a 12% de umidade do ar e este trajeto foi suficiente para uma corrida tranquila e sem contratempos.
A viagem e suas nuances...
Ao chegar em Brasília, fomos recebidas, eu, minha mãe e Vera, por umas peruas do Planalto Central, baianas de coração e amigonas do peito, Ci, Rô e Mary; e por dois baianos que já começam a gostar muito dessa terrinha, Deu e Marina, ansiosos por nossa chegada, pois além de tudo, eu levava na bagagem minha querida sobrinha Bibi, que além de matar as saudades do paizão, nos enchia de alegria.
No Sábado, pela manhã, fomos buscar o kit, conhecer o palácio dos baianos e pela primeira vez fazer um piquenique, por sinal muito farto e delicioso, e ainda contar com a presença de pessoas muito especiais. Perfeito!
No Domingo, 05/09, como um ritual constante antes das provas, acordei cedo e me preparei. Fomos logo para o Aeroporto, onde aconteceu o evento, com tempo suficiente para tirar fotos, alongar, hidratar e sentir o clima maravilhoso entre os corredores.
Desta vez, tive a satisfação de ter a companhia de Deu, o paizão saudoso, que resolveu me dar uma força e testar seus limites também, pois não corria desde maio.
A corrida e suas impressões...
Foi dada a largada e partimos em um ritmo leve até o km 01, quando, ao aproveitar uma longa descida, aumentamos o passo e diminuímos nosso tempo, chegamos a ser multados em uma barreira de velocidade, própria para automóveis e bastante comum nesta cidade.
Voltando à realidade, o percurso estava fácil demais para ser verdade, logo, logo o caminho inverso nos levou a uma longa subida, com o sol castigando, mas a organização se preocupou com a hidratação e a água nos salvou. Seguimos bem, vendo os aviões chegando e partindo, cada um com seu destino e objetivo, assim como nós, e o nosso era curtir a prova e chegar bem.
No km 03 um grupo do BOPE (Batalhão de Operações Especiais da polícia militar) nos ultrapassou e com suas cantigas animadoras nos fez aumentar o ritmo e seguir até o km 05. André, o Deu, se surpreendeu, pois na verdade a prova tinha 5,3 km. Com muita alegria ultrapassamos a linha de chegada, vencendo a seca e o calor que tanto nos preocupava.
A família e os amigos nos esperavam e faziam uma torcida barulhenta, saudando esses baianos vencedores de seus desafios no Distrito Federal.
Depois da obrigação...
Depois foi só curtir as festas e comilanças nas casas de amigos: no domingo, um churrasco na Tertúlia, casa da Sol; na segunda, uma galinha da terra com pequi na casa da Lia e Lucinha, e no final do dia, o café da noite com dona Alice (mãe da Ci); na terça, uma feijoada na casa do Lourival e para fechar com chave de ouro, uma noite de queijos e vinhos com a presença de Janine e Cibele. Todos sempre dispostos a nos proporcionar uma estada maravilhosa e cheia de alegrias. No retorno a bagagem veio cheia de saudades e com a certeza de que: “A primeira vez, fora de casa, a gente nunca esquece”... tenho ou não tenho razão???